LIGA SUB-19 FEMININA

MARÍTIMO, 2 — FEIRENSE, 1

MARÍTIMO GANHA E ASSINA LUGAR MAIS ALTO DO FUTEBOL NACIONAL NA BOLA DE SAIAS DA MADEIRA

Era um “simples” jogo mas definia o futuro… Não defenia apenas o futuro do CS Marítimo na Liga Sub-19, definia também uma página que poderia folhear para o lado bom do feminino da ilha ou ao contrário.

Porque é simplesmente importante a manutenção deste escalão do futebol de formação da bola de saias para a ilha até porque, diga-se, é precisamente o único ao nível dos clubes na competição nacional com a importância acrescida de ser num formato regular, indiciadora de evolução entre outras alíneas a reter.

A equipa verde-rubra à entrada para esta derradeira jornada da fase de manutenção dessa competição, recebia o Feirense e precisava no mínimo de um empate para assegurar a permanência, pois caso perdesse rumaria à condição regional.

E a verdade é que as coisas nem começaram nada bem para as hostes locais: 4 minutos de jogo, um canto na esquerda do ataque continental com a bola esticada para o lado contrário para a cabeçada vitoriosa de Maria Santos. Carolina ainda tocou na bola com a ponta dos dedos mas não evitou a vantagem visitante. Os festejos não demorariam muito, uma vez que volvidos quatro minutos Carlota trabalhou para a assistência, isolando a ex-calhetense Sara que, isolada, não perdoaria a chance de colocar a sua equipa num plano anímico superior…

Ana Tomaz revelava-se uma predadora no ataque e não esteve longe de dar a volta completa ao marcador mas o corte providencial de uma forasteira a evitar…

O Marítimo era, nesta primeira parte, a melhor equipa, jogava um futebol mais virado para a frente, mais organizado, jogava com mais velocidade, algumas das suas jogadoras apresentavam uma capacidade desequilibradora. Catarina Silva desferiria um remate colocado e forte mas com Beatriz Carvalho a responder com uma boa intervenção; depois num canto do lado direito seria a vez de Margarida Caniço ameaçar as malhas das meninas de Vila da Feira com o Feirense a dispor também de uma ocasião perigosa quando Leonor rematou cruzado na área madeirense que por uma nesga não deu…auto-golo…! Do canto subsequente mais um valente susto para as vermelhas e verdes com a bola a ficar ali na pequena área e com Beatriz Duarte a desviar mas para fora…

A segunda parte não trouxe em termos globais grande emoção – essa estava reservada para o final e para a festa das madeirenses e para a recta final do jogo que Carlota acabaria por decidir com a obtenção do 2-1… O jogo nesta etapa complementar revelou poucos desequilíbrios, pouco perigo eminente numa e noutra baliza mas foi bem disputado. O Feirense a tentar regressar ao trunfo, único desfecho que lhe interessava mas com o opositor a transmitir segurança e coesão nas marcações, pressing e ocupação dos espaços…Até que aos 64 minutos o Marítimo encetaria um belo raide desde lá atrás, apoiado e com alguma velocidade e com a bola a chegar a Carlota Jardim que trabalhou muito bem sobre uma defensora para, depois, face à saída da guarda-redes, revelar serenidade para dar xeque-mate ao adversário. Que se até aí não tinha apresentador argumentos de monta para obstar, continuou a não os exibir e com as meninas do Marítimo a terem ainda tempo para poder aumentar o score, quando Carlota assistiu Carolina mas com os pés da guarda-redes a negarem o propósito. Não faltava muito para o apito final da árbitra abrindo-se posteriormente alas à festa da manutenção por parte do grupo de trabalho das madeirenses. A Madeira, desta forma, conserva o seu lugar entre a elite do futebol nacional de clubes do escalão, num lugar que, diga-se, é o patamar mais alto das sub-19.

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