JUNIORES — I DIVISÃO REGIONAL 

AD PORTO DA CRUZ, 0
AD MACHICO, 2

CHECK-IN E VOO TÁ FEITO…! A SUBIDA ERA ALI MESMO…!

Um ano depois e mais seis dias… a AD Machico espeta a lança e proclama a subida. A Divisão de Honra deixa de ser uma miragem, o calvário da despromoção está totalmente ultrapassado, foi no Caniçal, a 14 de Janeiro, a contabilidade deste escalão passou a viver vida alvoroçada mas hoje, no mesmo concelho, o “comboio” tricolor visitou o Porto da Cruz e disse… vitória.

“Hossana nas alturas”… que a subida “é nossa” dizem os proletários, revolucionários tricolores. Dois dos intérpretes, Dani e Marco, “rufando os tambores”… lançaram as redes e fez-se a festa…

Um golo em cada parte, o primeiro assinado logo a abrir, aos 6 minutos, na sequência de uma bola parada da direita. De “comboio ou de avião não interessa”, a bola tava no saco e de encontro aos seus interesses. Nada que o Porto da Cruz já não tivesse sentido, porque no minuto antes o seu juvenil Bruno já tinha feito uma grande defesa a remate de cabeça de Chico Gouveia e já que falamos em sentimentos, melhor nem lembrar, o defesa/médio António, que tinha ficado de fora, porque amanhã vai jogar em Santana, nos séniores, estava de “rastos” por não poder ajudar a sua armada…

A ADM tinha entrado no jogo em tons de superioridade, foi exibindo-a, era, indubitavelmente, a melhor em campo… se a Brigada Jovem, essa sua claque que nos tem brindado a todos com verdadeiros “recitais” de apoio, se tivesse ali iria adorar… quem sabe se na próxima lá estarão, porque a vida, essa continua.

E continuando lá está: quase o segundo golo, esteve por um triz, mais uma bola “amandada” lá para dentro e só faltou o derradeiro toquezito de Tiago na sua barriguita para a “engorda” ser… real. Só que o jogo estava em aberto, todo aberto e a AD Porto da Cruz não só pensou, não só percebeu como “atirou-se” ao propósito…!

E foi ver os seus jovens desencadearem uma “ofensiva” ao adversário digna de registo… Deu gosto ver a forma como aquela “turminha” passou a procurar o ataque e a conseguir gizar vários lances com qualidade colectiva, denotando segurança e confiança atrás, um meio campo de “pensadores e executores” a condizer só faltando os desequilíbrios que pudessem dar… golos. Porque, lá está, ninguém joga só e lá atrás os defensores visitantes “disseram” que também se podia confiar neles e que não era por ali que a subida iria vacilar. E a verdade é que não vacilou nem na primeira nem na segunda parte, sem esquecer que ainda havia um derradeiro obstáculo, o “gigante” Lucas que deu provas que se tivesse de ser chamado também não iria dar aquilo que também se pode designar de…”água a pintos…!”

Mas sim, deu gosto ver aquele “harmónio” de jogo da AD Porto da Cruz, um carroucel a funcionar até a AD Machico também perceber que…”assim não ia dar…” passando-se na recta final da primeira parte a mais um ciclozito em que a AD Machico reequilibrou as operações, estancando o “pedal” dos da casa…

Sem evitar-se que o regresso das cabinas não “pregue” um valente susto aos visitantes porque o longilíneo atacante Carlos, um poço de energia, na primeira parte, cabeceasse logo aos 46 minutos, para uma grande defesa, lá está, nós tínhamos avisado antes que se fosse preciso Lucas exibiria créditos e que créditos com uma intervenção dourada que certamente encheria o balão emocional dos opositores se ultrapassasse “as suas mãos…!. E quando se pensava que este lance seria o início de um “inferno” local, não o foi.

Porque a AD Machico regressou das cabinas empenhado em trocar a bola, escondê-la do antagonista, em organização e progressão ofensiva. Verdade que sem provocar danos porque o Porto da Cruz conservava-se compacto, equilibrado atrás mas sem evitar, mais tarde, que Marco num belo tiraço, de fora da área, fizesse o 2-0, sentenciando uma boa parte do jogo e a colocar a subida “na porta e nas janelas”… Só que quatro minutos volvidos “ai Jesus” tricolor com a expulsão de um seu elemento, um central, na circunstância Vítor Gouveia, levando as “maltinhas” de quem via a pensar “e agora, o que poderá acontecer?”.

Nada de grave, para os tricolores, a AD Porto da Cruz já não tinha, nem de perto nem de longe, a “genica” da primeira parte, ficou-se pelo lance inicial da segunda etapa e só nestes últimos 15 minutos é que predispôs-se a dar mais uns ares da sua graça mas com o opositor, com maior ou menor dificuldade, a guardar-se, soltando no final “o grito do Ipiranga” que é como quem diz: “a subida é nossa…!”

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