«TRABALHÁMOS MUITO PARA O TÍTULO FOMOS MESMO A MELHOR EQUIPA»
É um dos campeões da ilha na categoria de sub-11. Alex Figueira é uma das figuras da sua equipa, o CS Marítimo, e é o novo entrevistado da nossa página que também é site, magazine digital e mais recentemente “compacto”.
Trata-se de um “médio” que nesta altura também pode ser definido não só de criativo, tecnicamente evoluído, inteligente no jogo como ter a capacidade, a vocação de assumir uma quota-parte da organização do ataque e ainda, por exemplo, defender, pressionar, vindo lá atrás dar, igualmente, “o corpo às balas” quando é necessário.
Alex tem 11 anos, já jogou no CF Andorinha e, imagine-se, actuando a ponta-de-lança. Foi ali que tudo começou, teria quatro ou cinco anos, precisamente com o actual técnico João Hugo. «Foi com ele que a nossa equipa conseguiu chegar mais à frente e ganhar mais títulos», refere, citando não só a conquista do campeonato da presente época como também a vitória na Christmas Cup.
E falando do golo decisivo que marcou no derradeiro jogo contra o Nacional – já lá iremos falar mais à frente – diz que a dedicar teria de ser ao treinador João Hugo e a explicação é simples. «Porque sinto que ele é que nos levou à vitória e que evoluímos a cada passo com o mister». Rebobinando a cassete do tempo e quando se lembra do título de campeão da Honra, lá acrescenta que «fiquei nuito feliz por ganhar. Trabalhámos muito para isso e fomos mesmo a melhor equipa», não esquecendo de elogiar o Nacional, «pela qualidade de jogo» evidenciada. O segredo, afiança, «foi o de jogarmos em equipa e dar o máximo em cada minuto».
A RECEITA COM PASSOS GRANDES E PEQUENOS E O SENTIR QUE «SALVAVA A MINHA EQUIPA»
Dia 5 de Abril deste ano. Epicentro: Santo António, palco “do sonho”: sintético do Imaculada Conceição. Equipas em compita: sub-11 do CS Marítimo e do CD Nacional com a “temperatura” a assinalar mais um ponto para os visitantes.
Os “sinos”, esses, tocavam aproximadamente 14h30 mas para sermos mais exactos, vivia-se mesmo mesmo sobre o quinquagésimo minuto e ainda mais 22 segundinhos “na parada”, ou seja o último do derradeiro jogo do campeonato entre os rivais. Os verde-rubros haviam-se adiantado no marcador, madrugadoramente (5 minutos), diga-se, por intermédio do atacante Francisco Melim com o CD Nacional a empatar, na segunda metade, aos 43′ pelo também avançado Rodrigo Rodrigues. A igualdade, a persistir, colocava o título na montra da Choupana.
Paulo Costa, o árbitro, assinala livre a favorecer os da casa, era o tudo ou nada, o soar do gong dos anfitriões, a derradeira chance.Alex Fig ueira assume, chega-se à frente, era praticamente frontal mas era fácil de perceber que não estava assim tanto “à mão de atingir o alvo”.
O jovem médio que naquele dia tinha 10 anos e hoje tem 11, um elemento criativo e não só da sua equipa, tem no pé a responsabilidade. Parece confiante… estará nervoso? Ajeita a bolinha, sabe que também tem João Gomes pela frente e, depois de uns passos, bate…! Ela, a mágica, sobrevoa e vai com “tudo”…! Colocação a potes, força idem idem aspas, mas no percurso ainda dá tempo para imaginar-se se os ingredientes usados serão suficientes para o sucesso da operação que a sua equipa ambicionava.
A verdade é que toda essa “cozedura” resultaria mesmo em golo, um golo que faria toda a diferença, a tal ponto que altera radicalmente muitos dos estados de espírito ali presentes, convidando literalmente toda a malta verde-rubra a fazer a festa de um canecão que só depois dos descontos pôde ser efusivamente celebrado. E aí, aí a loucura total tomou conta do anfiteatro local. “À pala” de um colectivo, como sempre, mas com o artista Alex Figueira a ser guindado a um plano de grande destaque.
O jovem artista recorda-nos esse momento, na primeira pessoa. «Estava convencido que ia dar golo. Quando bato rodo, dou três passos grandes e cinco pequenos, respiro fundo, olho para a baliza e bato», acrescentando de seguida ser «uma receita minha. Vejo onde está melhor para rematar, parto para a bola e bato. Senti naquele momento que encaixou bem e que entrava. Já estava a correr para aquele lado (o da festa)».
Os segundos seguintes foram, diz-nos, de uma enorme felicidade. «Consegui marcar, fiquei muito feliz, senti que consegui salvar a minha equipa mas também sabia que tínhamos de dar tudo para evitarmos o empate»
A EVOLUÇÃO COMO BARÓMETRO POR ENTRE AS MELHORIAS COM BETO E OS CONSELHOS DO PAI

Ser convocado às selecções, combinado com uma vitória na Copa do Mundo. Duas proezas que Alex Figueira veria com olhos muito especiais se um dia vierem a se concretizar. São ao fim e ao cabo retalhos/fascículos de uma vida de um jovem que como tantos outros persegue sonhos, alimentados pelo conjunto de… quotidianos. Próprios de um futuro que os anima mas também de um presente em que ele nota estar a evoluir, recriando também um outro objetivo: «o prazer» especial de «divertir-me e dar o máximo em todos os jogos». Para, um dia, quem sabe, poder vir «a jogar no Benfica» se bem que, ao mesmo tempo, garanta «não estar a pensar nisso, penso mais é em evoluir» Chegado a este ponto, associa essas melhorias também aos ensinamentos e conselhos do pai Marco Figueira que também é treinador e dos treinos “skills” com Beto.
DO REAL A MBAPPÉ; DE BLANCO A PAVLIDIS SEM ESQUECER… FRANCISCO…!
Como qualquer outro jovem, jogador ou não, Alex também tem os seus ídolos ou mesmo outro tipo de preferências. Aliás este é um cenário em que eles se apresentam quase sempre com uma motivação especial para falar, dando, naturalmente, a conhecer as suas escolhas.
«O Real Madrid é o meu clube de sonho», atira “de primeira”, referindo ainda ser fan do SL Benfica, confiando que «serei campeão». Na ilha, obviamente, que “só vê” o CS Marítimo se bem que o CF Andorinha continue sempre a ser apreciado, configurando uma espécie de “primeiro amor”.
Quando o assunto passa a ser jogadores, aí Alex vira-se para o maritimista Fábio Blanco, dizendo ser o que mais aprecia a jogar por estas bandas nesta altura, juntando o jovem e colega Francisco nessa “empreitada”. «Sinto que com a sua presença a nossa equipa ganha
um pouco mais de força». Mudando a “bússola” para o continente, a escolha é Pavlidis, para, no tocante ao estrangeiro avançar o nome de Mbappé, dizendo ser «o que mais gosto de ver actualmente», a par de Vinicius e Ronaldo.
MANO ANALISA O BRO BRUNO FIGUEIRA
«O MEU IRMÃO É DOS MELHORES JOVENS DA MADEIRA E TAMBÉM É BOM A PONTA DE LANÇA…!»
Quem também joga e muito bem, em nossa opinião, é o seu maninho Bruno Figueira, sub-13 guarda-redes do CS Marítimo.
«O meu irmão é dos melhores da Madeira dos jovens. Também é bom a ponta-de-lança e também decide. Tem muita qualidade nos pés».
Fala/falou quem sabe e conhece bem…! Mas quem fala dos outros também fala de si e perguntámos-lhe pelos pontos que considera ser os mais fortes do seu jogo, a par de algum outro que considere ter mais de trabalhar…
«Acho que remato bem de longe. Penso ter boa visão de jogo e ser bom no passe longo. Acho que tenho de trabalhar mais o drible de corpo»