O PAI MARTINHO, O FILHO AFONSO

DE UMA UNIÃO QUE É NATURAL À COMUNHÃO DO FUTEBOL

Mais ao meio esteve um, o outro estava à esquerda ou à direita. Dito assim até parece que estamos a falar de um “10” ou de um ala…

Nada disso: vamos com calma, o assunto que nos aqui traz envolve, isso sim, de um lado um árbitro e do outro um auxiliar, esse mesmo que em tempos era o chamado bandeirinha. A simpatia deste nome entronca com tudo o que de bom deve envolver qualquer dossier familiar como é este o caso.

Aqui chegados, agora sim, “disparamos” que quem lá estava mais ou meio é, seguramente, um dos juízes mais experimentados da bola da Madeira, cujo nome é Martinho Silva. O mais jovem que é seu filho, é Afonso Mendes, que estiveram na equipa que no passado domingo esteve em acção num dos jogos de arranque da Divisão de Honra de juvenis, entre as equipas do CD Ribeira Brava e da AD Pontassolense, que terminou empatado a uma bola num jogo em que esta Bola Gira lá esteve, testemunhando esse e outros factos.

Nesta altura em que escrevemos estas linhas sentimos que a mensagem estará mais… facultada mas nós quisemos ir um pouco mais longe e falámos com o “chefe deste clã” Martinho Silva que  lá nos foi recordando, por exemplo, o seu primeiro jogo, numa altura em que nem havia VAR nem, imagine-se, nomeação…! Conte lá isso Martinho? Ele explica. «Lembro-me muito bem, esse jogo foi na Choupana, no Campo do Mar, foi um Nacional-Marítimo, estava lá o sr Arlindo e o sr Dinis». Claro que com estes nomes e vivendo-se todo esse tempo também lá acabámos por fazer uma ponte toda directa com o amigo Alfredo do bar desse campo, um “velho” apaniguado de tudo o que se relacionasse com a bola da Madeira. «Foi tudo decidido ali, deram me o apito e pronto», confiando-se que dali só sairia um bom trabalho.

E se desta vez quem falou foi o mais velho, o “mai” novo, um dia, seguramente, terá essa oportunidade, lá continuou a arrancar informação retirando-a do baú das recordações. E num ápice se fez até contabilidade.

Martinho tem 45 anos, 28 desses dedicados à causa da arbitragem enquanto o “rebento” soma 17 de vida, com cerca de um aninho e meio de apito na boca e bandeirola na mão…

Martinho é natural do Estreito de Câmara de Lobos, vive há uns bons anos no Campanário e não tem dúvidas que para «estar na arbitragem é preciso gostar mesmo, é preciso sentir. Se não for dessa forma», refere, «nem adianta lá ir» acreditando que os jovens de hoje precisam bastante de ter, acima de tudo, «um bom acompanhamento».

Falando sobre alguns dos árbitros que mais gosta, citou os nomes do madeirense Marco Ferreira e do bejense Veiga Trigo, apreciando a forma como geria o jogo. Hoje em dia elege João Pinheiro como aquele que mais aprecia, colocando igualmente no top das preferências o nome do madeirense Marco Ferreira.

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