HENRIQUE ARAÚJO: COMPETÊNCIA A RODOS
Porque é feito de classe e de competência. Muito mas muito acima daquilo que se vê por aí, seja na Madeira, seja no continente ou no estrangeiro. Porque sim, porque ele é feito de puro talento e porque tem realmente tudo para ir bem mais longe nesta coisa da bola.
Também porque ele é forte, tem cabeça, tem personalidade, atributos que hoje em dia, muitas das vezes, decidem qual o prato da balança que se apresentará. Esta súmula, esta conjunção favorece de uma forma tal nesta “guerra” que gravita em torno do futebol profissional e muitas das vezes bem presente no plano regional e ou distrital como se queira.
O percurso de Henrique Araújo tem sido espectacular. Não o conhecemos nos tempos do CF Andorinha, era o “tal” novato nestas andanças e nem o Bola Gira estava em projecto. Conhecêmo-lo ao serviço do CS Marítimo, ainda em futebol de 7 e onde já se evidenciava de uma forma muito clara, “vidradão” na tal competência. Na época poucos pensariam que viria a ser um dia um “pistolas” do Seixal, até porque, na verdade, quem o via e se deliciava observava-o em campo como um “10”, um médio sublime para a sua idade que finalizava mas que sobretudo se fartava e fartava de jogar e “endeusar” as “galeras” que ali procuram bom espectáculo, aquela qualidade “tchan” e mais do que isso.
E aquele “imperador” retribuía como que a querer dizer que a malta poderia continuar a confiar nos seus créditos: “coroa de henrique atrás de coroa de henrique” Araújo se foi fazendo mais homem, passou para o futebol de 11 e passou para a dianteira do ataque. A classe, aquela souplesse, eficiência, o trato, o requinte, todo o seu vituosismo técnico, aquela capacidade de executar os lances que só os sobredotados têm, tudo isso estava ali para quem quisesse ver. E foi por essas vistas, quer ao serviço dos verde-rubros como das próprias selecções da Madeira que os mirones começaram a visitar e a…”ameaçar”.