«MOMENTO INEXPLICÁVEL E ÚNICO»
Clara Nóbrega ou Clarinha, nome com que muito(a)s se foram familiarizando ao longo destes tempos de bola, é mais um dos muitos talentos da ilha que a partir da temporada em curso “virou” embaixadora da Madeira no exterior.
Esta é também uma história de uma miúda que começou a jogar no CD 1.º de Maio e que em idade de infantil, aos 13 anos, mudou a sua bagagem da bola para o GD Apel, um emblema onde muitos valores e várias das certezas do futebol feminino regional e algumas de natureza nacional, também lá evoluíram e que hoje em dia compete no mais alto patamar de clubes, estreando-se recentemente ao serviço da “Sociedade” BPI, com as cores do seu Torreense, frente ao Braga das também madeirenses Laura Luís e Érica Costa.
FAMÍLIA SEMPRE PRESENTE
Terá sido, naturalmente, uma experiência assinalável que ela própria faz questão de contar à BOLA GIRA, numa altura em que conta com a “módica” idade de 17 anos, completando, desta forma, um outro desafio na sua carreira, se bem que no seu horizonte estejam colocadas outras fasquias que o seu futebol, a sua competência e o seu trabalho certamente ajudarão a conquistá-las.
«Foi um momento inexplicável e único, feito com um misto de sentimentos», rematou-nos para logo de seguida juntar a ideia de ter «concretizado um sonho». A esta descrição, Clara Nóbrega, refere ainda que a proeza não tem uma «dedicatória em especial» mas ainda assim não tem dúvidas em garantir que «é algo que sem o apoio da minha família não seria possível, porque não é fácil estar cá». Mais à frente complementa o raciocínio ao dizer que «apesar de estarem distantes tão sempre presentes e sentir isso desde lado é muito bom»
Clarinha não esconde algum nervosismo no dia da estreia, mais precisamente naqueles minutos em que se vive o jogo de uma forma madrugadora mas como ela também diz tudo acabaria por passar. «Quando entramos é sempre um nervosismo muito grande, mas depois, com o passar dos minutos, é algo que torna-se insignificante»