“CARREGADOR DE PIANO” O PODER DE FOGO ALI NO MEIO-CAMPO APONTA SEU CLUBE COMO UMA «FAMÍLIA» QUE NÃO É FÁCIL DEIXAR..!
Rafael ou se se quiser Rafa, é o primeiro entrevistado da reportagem Bola Gira na nova edição do Torneio da Alegria/Cidade de Câmara de Lobos, organizada pela ADRC Xavelhas. Aos 12 anos, em nosso entender, do que temos visto, é, realmente, uma mais-valia para a idade. Trata-se de um “médio” com características bem definidas e que ultrapassam o mero jogo.
A sua atitude, espírito de liderança, juntamente com os seus atributos de ordem mais técnica, impressionam, por vezes, quem assiste aos seus desempenhos e aos da equipa, que a certa altura, quando precisa, acaba por “regressar” aos jogos em termos emocionais, catapultados por este Rafa.
A época «está a correr bem” começa por dizer. «A gente no início da época não tínhamos uma equipa assim… Começámos do zero e superámos», refere. Aos poucos, refere, «fomos crescendo e conquistando alguns bons resultados».
Rafa já participou em duas edições do Torneio da Alegria, já havia marcado presença na jornada inicial, desta vez não é para jogar, o seu escalão é outro, agora está “investido” com novas funções, é/tem sido voluntário, «aqui faz-se o que o clube me pede». Ontem, fez questão de assistir aos jogos do seu clube, os sub-12 venceram os seus compromissos e fez-se a festa.
Nesta derradeira temporada teve, ou melhor, continuou a ter a possibilidade de jogar futebol de 11, uma estreia que de resto já tinha acontecido aos 11 anos. «Acho melhor, é mesmo o futebol mesmo que seja mais cansativo porque, por exemplo, o campo é maior». Prefere, diz-nos, jogar a 8 que a 10 e justifica a ideia por «ter a possibilidade de ter mais bola» Quando o assunto passa a ser a nova época, Rafa diz não ter recebido convites de outras paragens, garantindo, no entanto, ir permanecer na ADRC Xavelhas. «É como uma família», não é difícil sair, «tenho muitos amigos cá, alguns também são da escola».
MESSI NO TOPO DA PIRÂMIDE FAN DE “CENOURA” ADRC XAVELHAS, BEM, AÍ É MESMO «A FAMÍLIA»
Rafa é, para nós, aquilo que por vezes se designa de “carregador de piano”. A sua equipa de sub-13, por vezes, assume o jogo e superioriza-se de uma forma natural mas também já percebemos que quando as coisas não correm assim tão bem, ele é importante na recuperação emocional dos colegas, “convidando” a equipa a dar a volta ao texto e a carregar…
Carregar, carregar muito como ele sabe fazer, com elegância no jogo e também quando a braçadeira lhe é atribuída e que lhe fica tão bem… E como tantos outros jovens, Rafa, também tem as suas preferências, quer se fale de clubes ou de jogadores. E já vamos avisando que por cá, na ilha, o seu clube, a ADRC Xavelhas é mesmo o maior, se bem que tenha uma outra paixão, o CD Nacional.
No continente o “radar” vira para tudo o que se relaciona com o Seixal ou com águia, isso mesmo, o SL Benfica. Quando a pergunta é feita relativamente ao estrangeiro, só sai um nome, o Barcelona e nem é pelo Yamal. Acontece que quem gosta de clubes também pode ser fan de outros futebolistas como é o caso de Rafa.
Diz ser adepto do sénior do seu emblema, Gonçalo Camacho (Cenoura), bem como de Koksu, no continente, assumindo especial predilecção por Messi quando o quadrante passa a ser o estrangeiro.
O astro argentino está mesmo no topo da sua pirâmide. Ah e a terminar, apenas mais uma perguntinha ó Rafa…! Amanhã como é que será? Portugal ou Espanha? Ele atira… «Portugal». Mas espera lá, essa resposta é só pelo coração» «Não, eu sinto que será Portugal». Quando é assim, não há mesmo que mexer mais.
O ponto final está feito…