«FIZEMOS UMA ÓPTIMA PRIMEIRA FASE
ESTAMOS A FAZER UM GRANDE TRABALHO
E VAMOS FAZER DE TUDO PARA SUBIR»
Uma parte do objectivo está lacrado: o acesso da equipa de juniores do CS Marítimo, ao play off de subida, foi comemorado no passado sábado em Marvila, após a vitória (1-0) conquistada frente aos lisboetas do Oriental que, diga-se, também eram um dos candidatos a essa “poule”, soçobrando, contudo, na parte final da competição.
COMEÇO AOS 4 ANOS
NO ANDORINHA
O CS Marítimo precisava de vencer e assim foi com o “tal” golo de Gonçalo Rodrigues a sentenciar o rumo aos madeirenses. E por falar em “produtos made in Madeira”, a nossa página que também é site e magazine, falou com um dos artífices dessa proeza, de uma equipa, diga-se, integralmente composta por jogadores da ilha ou formados localmente.
Francisco França é um médio de 17 anos que se iniciou no CF Andorinha onde evoluiu dos 4 aos 9 anos, passando aos 10 para o CS Marítimo e começa por dizer que esta etapa é uma parte do todo, no sentido em que a meta estipulada aponta para a subida de divisão, reconduzindo-se, dessa forma, o emblema que representa à I Divisão Nacional da respectiva categoria.
«Acho que fizemos uma grande primeira fase», começou por dizer, prosseguindo o raciocínio referindo que «trabalhámos todas as semanas para que isto acontecesse. A equipa técnica esteve sempre ao nosso lado, sempre a proporcionar nos as melhores condições de trabalho e sempre a dar-nos “moral”».
Este atleta júnior de primeira época refere que o Real Massamá e o Loures foram, na sua óptica, os adversários mais fortes com que o Marítimo teve de confrontar-se, dizendo, ao mesmo tempo, não acreditar em favoritos para o novo desafio que aí vem…«Serão jogos competitivos, como todos até agora o foram, mas acho que temos grandes hipóteses de conseguirmos ficar nos três primeiros lugares».
FAVORITOS? «LÁ
DENTRO VEMOS…!»
Quando o inquirimos acerca do “efeito” comparativo das dificuldades do acesso ao play off poderem ter um grau muito semelhante com o objectivo traçado para esta segunda fase, França coloca cada “prato” no seu lugar.
«Não diria isso. Acho que todas as equipas têm o seu valor e vai ser complicado, mas isso só nos tornará mais fortes», atira. Questionado sobre os adversários, refere apenas conhecer o Loures não acreditando, contudo, em favoritos. «Só lá dentro é que vamos ver isso», remata.
GRUPO DA MADEIRA
E PERFEITA UNIÃO
Um tema que tem de ser visto como incontornável é o facto de todo o grupo de trabalho ser composto por madeirenses, à excepção do defesa central Batista e do médio Santiago que são venezuelanos e que já estão na Madeira e no emblema verde-rubro há algumas épocas.
«TEMOS MUITA QUALIDADE
É SÓ APOSTAR EM NÓS…!»
Confrontado sobre a possibilidade desse factor ter, por exemplo, unido ainda mais o grupo de trabalho liderado por Marco Bragança, Francisco França responde afirmativamente. «Sim muito, acho que em termos de união estamos perfeitos e a equipa está muito moralizada», considerando que este desempenho acaba por ser mais um exemplo de que «temos muita qualidade e que só têm de apostar em nós para desenvolvermos as nossas qualidades»
A finalizar fez questão de relevar «que a nossa equipa está a fazer um grande trabalho. vamos fazer de tudo para subir de divisão».
O DESEJO DE UMA CARREIRA PROFISSIONAL
E O PROPÓSITO DE UMA ÉPOCA SUPERIOR
O sonho, diz-se, comanda a vida e França não é diferente. A ambição está presente e o foco também e é nesse sentido que não tem qualquer problema em assumir «querer muito ser profissional de futebol» O trabalho, o tal barómetro, tem de ser bem executado diariamente e o presente é a temporada em curso que o próprio pode também avaliar.
«Acho que tem vindo a ser uma boa época, apesar de no ano passado ter-me destacado bastante… Vamos ver, estou a trabalhar para que esta seja melhor que a anterior», disse. Quisemos saber qual a posição em que ele considera render mais, mesclando essa análise com o gosto suplementar que se possa ter de jogar mais em determinado posto, até porque já vimos o jogador em questão ser central, lateral-esquerdo, médio na frente dos centrais ou mais organizador.
A opinião do artista é a de que «neste preciso momento estou a jogar a “8” e é nesta posição que me sinto mais confortável dentro de campo e onde acho que rendo mais».
«Admiro muito o (João) Moutinho», dispara, abrindo o caminho “mágico” das preferências, dos ídolos que todos estes jovens jogadores têm lá “pregados na alma”. Chegados aqui era só uma questão de…”desembuchar” e Francisco França não se fez rogado, quer falemos de jogadores, clubes e “afins”.
«Acho o Moutinho um jogador muito inteligente dentro de campo», não se esquecendo de “soletrar” igualmente o nome de Bernardo Silva.
Só que ainda havia espaço para alguém mais jovem com França a recordar-se do ex-colega «Henrique Araújo. Também é um grande jogador e está a fazer uma grande época», opina e nós concordamos.
Admira muito o futebol praticado pelo Liverpool e Wolverhampton», torcendo igualmente por estas colectividades, sem esquecer o seu CS Marítimo e o FC Porto numa escala continental. E claro que não desdenharia nada um dia vir a jogar naquele que seria o concretizar de um sonho: «jogar na Premier League», fosse em que clube fosse, mesmo que seja elementar pensar mais num grande de Terra de Sua Majestade.