INTEGRÁ-LOS NA DIFICULDADE MAIOR E… VER

MAIS MADEIRA NAS “AA” É IMPERATIVO

Por um lado são espaços de competição, por outro podem até não ajudar… dependendo das atitudes de quem governa as instituições sem esquecer as restantes hierarquias…  Espaços de equipas séniores são válidos quando constituem planos efectivos de evolução, corredores amplos que possibilitem, numa esfera saudável, a progressão dos jovens formados na ilha até à equipa A, e todos sabemos que são muitos, muitos deles com grande talento e potencial, outros que, é verdade, se perdem, muitos por culpa própria, outros por tantas e tantas outras razões mas também muitos com potencial a todos os níveis para poderem vingar mas que vêm os passos coarctados por interesses que chocam com todas essas metas e sonhos. Uns, muito poucos, como se sabe, sobrevivem às “intempéries” e são aproveitados, outros nem por isso, mesmo quando têm condições bastas para lá chegarem. Tem sido este quadro de “vida” manifesta de anos nos dois principais clubes da ilha e que também levam e explicam de forma racional o divórcio latente de quem poderia estar muito mais, semanalmente, lá a os apoiar mas que não o faz porque, pura e simplesmente, exige mais contrapartidas para a sua comparência. E a verdade é que estes recentes resultados dos séniores e respectivas lideranças são cada vez mais criticados, como se pode ver nas redes sociais, por exemplo, mesmo por aqueles que há anos são verde-rubros e alvi-negros de alma e coração.

APRENDER COM COLOSSOS E MAIS…

E se clubes de topo mundial pegam em jovens bem jovens e lançam-os lá no cimo da pirâmide, integrando-os na formação principal, mesmo que possam ainda jogar em outras equipas de baixo, tal como aconteceu até recentemente, em Portugal com o sportinguista Dário Essugo, de apenas 16 anos, por cá na ilha, se deveria também aprender de uma vez por todas e confiar de uma forma cega no potencial que eles próprios formam, continuando a apostar numa forma também cega na continuidade das respectivas evoluções, promovendo-os de forma sábia e clara para que os Pelágios e os Camachos sintam mais a presença do aroma da Madeira nessas mesmas equipas. Mesmo que não sejam titulares no ponto de partida mas que possam treinar/trabalhar na dificuldade e crescer, crescer e crescer… até lá…

Em equipas que, como se sabe, até têm vindo a envergonhar e a fazer corar ainda mais os seus adeptos, sócios, fans por aí fora e que levam até o chefe do principal “patrocinador” (Governo Regional/Miguel Albuquerque) a recusar-se a comentar o momento actual desses mesmos embaixadores da ilha (Marítimo e Nacional). Vá lá saber-se o porquê da tomada de posição de um líder que “coloca” lá o guito do povo e que, em nossa opinião, deveria ser o primeiro a exigir uma política bem mais diferenciada para que essa mesma aplicação de capital fosse muto mais bem investida nessas mesmas squadras.

OLHE-SE DE UMA VEZ POR TODAS NA A…

É bom, é óptimo ter-se espaços de competição mas é ainda mais “horrendo”, nefasto até para a nossa sanidade mental, verificar-se que nem numa equipa “C ou D”, se possa contar gota a gota as nossas pérolas, ajudando a formar uma ideia torpe de quando se vêm os onzes iniciais dessas mesmas formações, convidando-nos a pensar já constituir uma proeza de vulto terem-se lá quatro ou cinco da terra, ajudando também a formar-se uma ideia completamente deturpada e abjecta de um emblema formador como vêm propagandeando os seus líderes aos longo de todos estes anos. Porque na bola do futebol não o é…mesmo.

E se o Marítimo tem, efectivamente, essas mesmas equipas de que vimos falando, o CD Nacional opta por não as ter até ao momento mas também não dá o passo de integração dos seus jovens, continuando, a exemplo do rival, a apostar no “inferno maquiavélico” de tudo aquilo que vem do exterior e, já se sabe, com portas e janelas para uma descida que se vislumbra mas que, a exemplo do rivaL, não está sacramentada.

Há quem sustente, há quem pense e diga que este cadafalso das equipas principais é também um momento importante para o futebol da Madeira, que será um espelho de muita incompetência, de quem olha mas não quer ver o óbvio, de quem entrou em determinadas “opções”… Corroboramos muito daquilo que já se ouviu mas regressando ao tema que aqui nos trouxe, alegra-nos saber que tudo aquilo que defendemos ao menos surge nas saias, nesse futebol feminino verde-rubro que mesmo estando no mais alto panorama do futebol nacional, na Liga BPI, ainda vem sendo exemplar no apoio e na promoção das suas leoas, jogando com mais velhas e integrando as miúdas talentosas, pejadinhas de potencial na squadra sénior, jogando facilmente com 8 e 9 futebolistas da ilha, sem esquecer que no banco de suplentes o mesmo sucede e com os resultados que se sabe, actuando, atenção, na fase de campeão, chegando a meia época com a manutenção asseguradíssima. Uma política “sana”, simples e que rima “apenas” com a competência delas, que se conserva mesmo quando do lado de lá se vêm aportar jogadoras do exterior dando-nos mais do que a certeza de que tudo se sabe mas que não se faz no sexo oposto porque os interesses falam muito mais alto. Mesmo quando sejam susceptíveis de ferir o bom rendimento como se vem constatando. 

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