JUNIORES | DIVISÃO DE HONRA, FASE DE MANUTENÇÃO

LICEU, 4
CANIÇAL, 1

EXIBIÇÃO… CHEIA DE VIDA…!

O fim da tarde no ex-Liceu era de esperança. Esperança que a equipa de arbitragem pudesse considerar haver mais e melhores condições para haver futebol, sem esquecer as fatias dessa mesma esperança procurando aferir junto do Liceu sobre o que é que ainda poderia ser feito ou não no propósito da manutenção, em nítido contraponto com o seu adversário de hoje, o CF Caniçal que vinha de sete triunfos consecutivos e apto a “cruzar a pernjnha no sofá” desta competição com a sobrevivência garantidinha.

E se foi possível ir a jogo também foi possível verificar que o Liceu até ganhou e muito bem ao CF Caniçal e por números dilatados, com o triunfo a reflectir, ao fim e ao cabo, o melhor desempenho competitivo apresentado pelos rapazes comandados por Duarte Correia.

A equipa funchalense foi a que exibiu melhor produtividade quer nos primeiros 30 minutos do jogo como ainda em toda a segunda metade, mesmo quando o adversário estava com as suas 11 unidades em campo, conhecendo duas expulsões no desenrolar da segunda metade. É verdade que na etapa inaugural e apenas por duas vezes o perigo real esteve presente junto à baliza de Carlos Santos, naquele desvio de Mateus, ao segundo poste, correspondendo a um cruzamento do lado esquerdo do seu ataque e também quando o central Vicente desviou a bola parada com Carlos Santos, atento, a mostrar bons argumentos.

Nesta meia-hora de jogo, sem dúvida que foi o Liceu a melhor equipa, aquela que apresentou um fio de jogo mais apurado, denotando melhor atitude competitiva, lutando e organizando mais, procurando bem mais o ataque, combinando melhor as acções com o CF Caniçal a viver muito do que Leandro fazia lá na frente, se bem que Cláudio Nunes também revelasse umas boas “picadas” no ataque…

Depois da meia hora, então sim, o CF Caniçal “apareceu” no jogo com maior peso e teve até uma jogada ofensiva com muito “veneno” conduzida pela meia esquerda pelo capitão Emanuel Viveiros, endossando bem para a zona central com Leandro a ameaçar o remate, a tirar o defesa mas a permitir, posteriormente, o sucesso ao guarda-redes.

Na resposta a este lance vem o golo inaugural do Liceu, obra do ponta de lança João Garanito, que bisaria mais tarde, em tempo de descontos, ao pressionar o guarda-redes visitante e a recolher os dividendos dessa acção. O 1-0 é uma combinação muito interessante, no lado direito com finalização na faixa central mas com os protestos a ecoarem na bancada, em virtude de um atleta do CF Caniçal estar prostrado na “água”… a precisar de assistência.

O CF Caniçal, que até estava no seu melhor ciclo ao longo deste encontro, não demorou a reagir e com efeitos práticos, empatando quatro minutos depois, num lance individual bem protagonizado por Leandro.Os segundos 45 minutos exibiriam um Liceu a perseguir muito bem o seu objectivo, com boa organização, rubricando mais um belo exercício de boa conduta competitiva, melhor plantado e equilibrado e a jogar bem mais à frente que o adversário que teimava em depender de unidades em vez de se afirmar colectivamente.

O Liceu não tinha culpa dessa “opção” e era superior na forma de abordar o jogo, gerindo bem melhor os chamados compêndios do encontro e a conseguir sacar os três pontos, apontando o segundo golo, mesmo que beneficiando de um desvio de um caniçalense, marcando mais à frente o 3-1 por Mateus, assistido por Garanito, sem esquecer o último golo, que surge por este mesmo Garanito, em tempo de descontos.

Contabilizámos, da parte do CF Caniçal, apenas um momento bem mais perigoso quando Leandro internou-se pelo lado direito, atirando forte e cruzado mas sem atingir o alvo que pretendia, com o Liceu a dispor de, pelo menos, mais dois momentos, resultantes de meias-distâncias que Carlos Santos e o seu suplente Guilherme foram buscar.

No cômputo geral deve reter-se a ideia que o Liceu interrompeu e muito bem a série vitoriosa do CF Caniçal, que já somava sete triunfos consecutivos, exibindo créditos, nunca parecendo uma equipa aflita na tabela se bem que a sua continuidade na Divisão de Honra continue em perigo.

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