JUVENTUDE AC, 2
CÂMARA DE LOBOS 2
PROMOÇÃO
Quando se fala em promoção do futebol, pode-se olhar e muito também pela qualidade dos jogos. E a verdade é que este jogo de juvenis entre as equipas do Juventude AC que é “só” o actual vice-campeão da Madeira e o histórico CSD Câmara de Lobos, a contar para a Taça da Madeira pode e deve inserir-se nesse quadrante, no que ao nosso contexto regional diz respeito. Foi competitivo, rasgadinho no bom sentido, disputado até mesmo às últimas, sem massacres de uma ou outra formação o que acaba por facilitar e muito quem quer evoluir…
0 2-2 final acaba por assentar até porque houve ciclos e microciclos de alguma supremacia de cada uma das partes ao longo do encontro.
Mas foi o Juventude AC, depois do cabeceamento em posição perigosa de, pareceu-nos, Pedro. que iria avisar e por duas vezes: primeiro no trabalho pela esquerda de Cascais com o remate a ser sustido pelo guardião e logo a seguir na fugida do “ponta” Santiago com remate cruzado mas com a pontaria a não atingir o alvo. À terceira, bem aí foi mesmo golo com o livre de Tomás Vieira a entrar por alto, beneficiando de um desvio ali na barreira com a bola a ganhar um outro “élan” e a anichar-se na baliza.
O Câmara de Lobos quis reagir, deu continuidade ao toque com qualidade média intermédia que se apresentou e numa boa pancada de meia distância de Tiago o empate andou bem próximo…
Até ao final da primeira parte, uma arrancada de Cascais e um tiro para defesa no chão de Ricardo, foi o único lance mais ameaçador dos locais mas com tempo, lá está, para assistir-se a um momento verdadeiramente dourado do ponta-de-lança camaralobense Hélder, que assinaria um golo de outro mundo, num balázio de cá do meio da rua que não deu a mínima hipótese ao keeper salesiano.
A segunda parte conteria, a esse nível, um maior turbilhão de emoções: o Juventude AC regressou com o objetivo de sacudir o jogo, invertendo o último ciclo…
Cascais, pela meia esquerda teve o 2-1 no pé esquerdo mas Renato estava lá… Quem também estava era Hélder que não perdoou, assinando a reviravolta com o 2-1, desfeita mais tarde por Leandro, após um outro lance de excelente recorte praticado por Cascais.
O dianteiro do Juventude AC, em período de descontos, teria um outro momento dourado mas estava escrito que até final seria o guarda-redes Renato a mandar, assinando os “tais” três intervenções de grande qualidade, evitando o regresso da sua equipa a casa sem qualquer ponto no bornal.