SC SANTACRUZENSE OLÉ…!

Foi um jogo com boa competitividade no contexto regional da bola de saias com as verde-pretas a serem forçadas a virar um jogo, uma vez que as leoas marcaram primeiro, indo a tempo, mais tarde, de igualar uma partida depois da reviravolta encetada pelas visitantes.

Para que o título fosse festejado no dia de hoje era obrigatória a vitória do SC Santacruzense, se bem que nesta altura ainda faltem disputar duas jornadas para o final da Divisão de Honra.

O Sporting CM nunca, bem pelo contrário, foi um coitadinho, jogou mesmo de igual para igual uma boa parte da primeira etapa, apresentando um bloco que segurava bem os ímpetos de quem tinha de atacar para sagrar-se campeão. O SC Santacruzense foi melhorando a sua produtividade, foram surgindo/descobrindo mais espaços com o perigo a fazer-se sentir na mesma correspondência. Seria na sequência de uma bola aérea e de uma segunda bola que a redondinha voltaria à área para Neuza “scorar” o primeiro golo do jogo. O SC Santacruzense teve o condão de não ir abaixo emocionalmente, procurando reagir de pronto e com uma grande plateia de apoio que ao longo do encontro bem como depois do mesmo foi simplesmente exemplar.

Tânia Santos, bem ao seu jeito, dois minutos volvidos, dava um claro sinal de inconformismo com um remate forte, cruzado até que no espaço de dois minutos o SC Santacruzense vai apresentar uma dupla factura e operar o salto no marcador. Primeiro por Sara Spínola e depois num canto curto trabalhado com um “disparadão” de Marisol naquela que era a tal remontada. O Sporting CM, contudo, não esmoreceria e conseguiria chegar à igualdade no segundo tempo pela sua oito Joana, com a mesma atleta mais tarde a ter, igualmente, a possibilidade de bisar. Nessa altura o SC Santacruzense já havia voltado a estar à frente do marcador, na sequência de um belo trabalho da veloz Tânia Santos – uma jogadora que sempre apreciámos – e que, realmente, tem uma certa “facilidade” em desequilibrar…

Tânia “disparou” pela direita e ofereceu a Sara Spínola que, na passada, atirou a contar. A O ambiente exterior continuava a fazer das suas e foi com alguma naturalidade que o Santacruzense acabaria por encerrar as contas num lance iniciado e concluído por Madalena Castro. A partir daqui era só uma questão de se jogar o pouco que faltava, gerir o assunto e dar asas a uma festa que o “povão” de Santa Cruz “e arredores” fez questão de celebrar com o grupo de trabalho, naquela que foi uma óptima noite de propaganda do futebol feminino desta ilha. E quando assim é e como aqui já foi dito, é sentar-se, tomar um chazinho, cruzar a perna e pedir por mais…!