«IGNORAR” E «DAR O MÁXIMO» RECEITA NA MEDIDA CERTA
Quem acompanha estas coisas da bola regional na ilha, quer se fale numa perspectiva temporal mais alargada, como por exemplo naqueles tempos em que se jogava futebol de salão no ringue da Camacha ou na antiga Escola Industrial, sempre se habituou a ver bola de saias com artistas de qualidade.
Esse passado acaba por ser uma espécie de fio condutor para um presente em que, lá está, existem outras intérpretes como esta Clarinha que mesmo jogando sempre na competição regional se percebia de uma forma clara que o seu futebol pedia outros patamares. Jogando a média, a menina que um dia começou no CD 1.º de Maio, passando em idade de infantil para o GD Apel, dava e sobrava para aquelas encomendas, de modo que foi também com toda a naturalidade que ela foi convidada a ingressar no futebol nacional e nos quadros do Torreense, não nos admirando em nada o facto de já estar inserida nas andanças da BPI, jogando ao lado de ídolos como aconteceu quando defrontou o Braga no jogo de estreia.
Clara Nóbrega, convidada a falar desses tempos passados de uma competição regional e de um emblema como o GD Apel, respondeu assim: «Mesmo sendo só regional e com pouca competição, tentávamos sempre tentar ignorar esse problema e dar o melhor de nós porque não sabemos o que o futuro nos reserva» E a prova foi mesmo a mudança como ela também refere. «Dar este passo e chegar à BPI é uma grande motivação»