VÍTOR AZEVEDO, GUARDA-REDES DA AD XAVELHAS

O TÍTULO QUE JÁ ESTAVA… “PROGRAMADO”

Foi/tem sido um dos artífices de uma época de competência da equipa de juniores da AD Xavelhas na I Divisão Regional. Um dos “porta-estandartes” dessa squadra que hoje em dia volta a estar no convívio dos grandes do escalão na ilha, um dos elementos-chave que erigiram o clube a essa condição (Divisão de Honra), reconduzindo-o à “nata” do escalão e onde apenas estão os “notáveis”.

Esta é a entrevista do guarda-redes Vítor Azevedo, um dos, já se disse, pilares de uma época que começou com ambição, que com o andar da carruagem foi ganhando uma maior “endurance”, que não se furtou aos desafios, semeando proezas até garantir a subida de divisão. A “maltinha”, no entanto, queria algo mais… Seria como que a “tal história” de colocar a cereja no topo do bolo. Dito e feito: voltaram a atacar mais um objectivo, cerce que só terminou com o canecão na mão. Vítor Azevedo conta como foi, aproveitando também para se dar a conhecer aqui à “galera” de quem acompanha esta Bola Gira.

Esta é também uma história de uma subida e de um título contada na primeira pessoa por Vítor Azevedo. É, também, uma entrevista que também aborda a fidelidade de quem sempre representou o campeão de juniores AD Xavelhas da presente temporada no circuito da I Divisão Regional.

Aos 18 anos – para o ano será sénior e no que ao futebol diz respeito, pouco ou nada tem como certo a não ser que a prioridade será a de estudar, atraído pela área de programação, Vítor Azevedo também refere que o título fazia parte das cogitações do plantel, mesmo que no clube só se pensasse e falasse sobre uma hipotética promoção. Pé ante pé a proeza está consumada com a AD Xavelhas na época seguinte a ter garantido o desfile na Divisão de Honra.

TUDO COMEÇOU AOS 9 ANOS

Vítor Azevedo, esse, começou a jogar aos 9 anos, completa esta época o seu segundo título e junta a subida dos juniores às de juvenis e iniciados. «Nunca mudei de clube» e que «saiba nunca tive convite para mudar», enunciando, posteriormente, os motivos que levaram a conservar-se tanto tempo no clube. «Tem a ver com o gostar e de estarmos com os colegas, com quem crescemos. Penso que tudo isso marca uma influência, para além, como é óbvio, do gosto que se tem pelo futebol».
Seguir-se-á mais à frente a realização da Taça da Madeira com, acrescenta, mais objectivos para conquistar, juntando a convicção de que, para já, apenas falhou a ideia de terminar a segunda fase sem qualquer derrota.

JUVENTUDE AC O MELHOR

Quando lhe questionámos acerca do adversário de quem mais tinha gostado, atira o nome do Juventude AC e explica a escolha.
«O facto de eles terem aproveitado bem os nossos “pontos fracos” e conseguirem arrancar-nos os pontos», opina.
Mudando de assunto, quisemos saber como estava a decorrer a temporada num prisma mais “individual” ao que nos disse «estar a correr bem. Inicialmente houve ali uns tempos onde não estava bem e tive um colega melhor que eu que acabou, como é óbvio, por jogar», adiantando, contudo, que esta época não foi a que melhor jogou. «Nem por isso», atirou.

Mesmo assim já houve tempo para ir treinar e por várias vezes aos séniores, pese embora nunca tenha sido opção para a convocatória.

A fechar este capítulo pedimos uma opinião sobre o futebol madeirense com Vítor Azevedo a destacar, por um lado, o «muito talento» existente na ilha. «Temos muita qualidade que, por vezes, é ofuscada pelo facto de não termos um clube grande na ilha. É um futebol que está a evoluir, sim senhor, mas por vezes a parecer que falta algo…» Considera mesmo que faltam «condições para que os jogadores possam ter uma evolução ainda maior».

EX-COLEGAS MILTON E TOMÁS ROCHA NA GALERIA DOS SEUS TOPS

«Um ex-colega que evoluíu muito». Esta é a opinião de Vítor Azevedo sobre Milton Santos. O ponta de lança que na actualidade serve as cores do CS Marítimo – escalão júnior – depois de ter representado no passado a AD Xavelhas, é o jogador que actua na Madeira que o guardião Vítor Azevedo destaca no seu baú de preferências. Para ele é mesmo Milton que é o “maior” a evoluir deste lado mas na verdade existe mais um futebolista que diz mesmo «acompanhar» e que para o próprio também é o artista que ele nomeia para o “melhor” a actuar no continente. «Sim, o Tomás Rocha que joga no Guimarães». Pronunciando-se sobre alguém que ele elogie no estrangeiro, aí as coisas mudam de figura e fala de um profissional, na circunstância o guarda-redes do Manchester United, Ederson.
Se a conversa passar a ser os emblemas que mais gosta, aí não tem dúvidas em referir a AD Xavelhas no que à Madeira diz respeito, o SL Benfica no tecido continental e o Manchester United no estrangeiro.
«Clube de sonho» Não tenho de pensar muito, é mesmo o SL Benfica», refere a esse propósito.

 

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